sábado, 21 de novembro de 2009



Planeta: Terra
Cidade: Porto Alegre - RS
Break Point: Arroio Dilúvio - Av. Ipiranga c/ Lucas de Oliveira

Foi nesse cenário improvável que três malucos decidiram inovar e trazer para a cidade poluída, barulhenta, cinzenta - não apenas no céu, mas no coração das pessoas, e fazer daquela tarde
uma tarde de alegria, loucura e, por que não, chamar a atenção para si - como se isso fosse algum pecado.

Vamos aos fatos.
Fiquei sabendo na central de fofocas, o Twitter, que alguém tinha surfado no Arroio Dilúvio. Até aí, pensei: "sempre têm louco pra tudo", mas não me causou tanta curiosidade
assim. Eis que então começaram a aparecer mensagens taxando o feito como "mais um viral", como se isso fosse um pecado mortal. Ah claro, sempre esqueço que no Brasil, gente comum, não pode fazer sucesso, ter seu feito reconhecido.
Foi então que me senti instgado a ver "os pecadores", a "galera do mal", "os bandidos" da web em mais um ato de vandalismo e jogo sujo, diriam os Cavaleiros do Apocalipse, os Senhores Feudais da comunição, marketing e claro, donos de todos os holofotes.

Sinceramente, depois de Jackass - que ganhou alguns milhões de dólares para fazer o que fez - nunca imaginei que alguém poderia investir sua vida e saúde (não discutirei a mental)
em algo dessa magnitude, com o propósito de chamar a atenção, seja para quem fôr. E esses caras conseguiram. E merecem respeito pelo seu feito.
A coisa mais fácil dessa vida e, principalmente, em tempos de tecnologia ao alcance de todos (tm Lula e Casas Bahia), é criticar tudo e todos, sendo estes pessoas sem a menor condição para tal.
Estes fiscais do certo e do politicamente correto, os "Salsinhas" como diria o Cardoso, falam de suas cadeiras reclináveis, de suas salas com ar-condicionado (split, por favor) e - em sua grande maioria - não passam
de medíocres cagando regras às quais os próprios não as cumprem. Mas também, quem os nota para fiscalizá-los?

À essa galera do surf, o meu respeito e reconhecimento pelo feito, mesmo sendo eu um Zé Ninguém.
Mas o Brasil é feito de muitos Zé Ninguéms e uma hora dessas, um deles pode virar seu chefe.
E te mandar à merda.
Então, é chegada a hora de pegar a prancha e rumar para a Avenida Ipiranga.
Bom surf.

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