segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Personal Mãe Dinah...

Segundo ela - a escolhida, esse serei eu daqui alguns anos...

Domingo - 25 de novembro de 2007.
Cenário: o melhor lugar da casa, o quarto.
A cena: depois da soneca pós-almoço, vendo TV.
Personagem: eu, eu mesmo e Irene.

Episódio 1 - Quem é mesmo?

Deitado em berço esplêndido, estava eu, ainda sonolento e percebendo que acabara o jogo do São Paulo , pois o Faustão anunciava alegremente a façanha alcançada pelo tricolor paulista e em seguida entraria ao vivo com o Rogério Ceni, afim de participar do Arquivo Confidencial.

Irene - ah... Grande coisa esse cara...será que não tinha ninguém melhor pra entrevistar?
Eu - Duvido...
Irene - não entendo pra que tanta exposição desse cara...
Eu - Até entendo que tu não acompanhe futebol, mas esse "cara", o Rogério Ceni, é goleiro do São Paulo, que perdeu a final da Libertadores da América de 2006 para o Inter e que foi, hoje, pentacampeão brasileiro....
Irene - Tá, mas e daí? Ele vai fazer novela pra aparecer tanto assim na Globo?
Eu - Não amor...ele é, digamos, o nosso Pelé no gol...o cara, mesmo sendo goleiro, fez mais gols que muitos atacantes ditos craques.

Ao finalizar a sua homenagem ao filho, o pai do Rogério Ceni diz que ele jogará, com certeza, até os 40 anos:

Irene - Claro!! Ele deve ter uns 39 anos..

Eu - desisto...

Episódio 2 - Eu sou você, amanhã...

Parentes do Ceni aparecem, obviamente, falando bem dele, que é um cara legal, filho exemplar, irmão tri legal e tudo mais...
E nisso aparece um irmão do Ceni, calvo, mas com um pouco de cabelo no melhor estilo Pica-Pau...

Irene - HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA....acho que tu vais ficar assim no futuro...HAHAHAHAHA

Eu - ....(penso: não devia ter acordado)...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sexta-Festa...



Agenda da sexta-feira:
- almoço com os amigos;
- boca livre em festa de cliente;
- Conjunto Musical Gilez (pra fechar o dia ou "pro dia nascer feliz").





Depois de muito, mas muito tempo mesmo, consegui encontrar num mesmo lugar, no mesmo horário e no mesmo dia, o Mestre Ôda, o Raul e o Fulano. E como sempre, é bom reencontrar os amigos e perceber que, apesar da distância (viu Eduardo?), as coisas continuam as mesmas.
Apesar das piadas e histórias serem recontadas ("tá roubando o carro nêgão?!?!?!?!), sempre há um detalhe que parece nunca ter sido notado, que nos faz rir uníssono e engatar mais uma história ou estória...

Mas logo mais, no Vermelho 23 (taí o mapa pra não ter desculpa esfarrapada)
Exibir mapa ampliado
o grande Conjunto Musical Gilez vai tocar o mais irado rock n'roll dos anos 50, 60 e 70 num show que têm também como motivação social, não permitir que o "bocalista"-baixista Rodrigo, o The Muzzel, cometa o auto-suicídio-a-si-mesmo em virtude de estar impossibilitado de fazer gemer as cordas da sua Fender Jazz Bass (tudo isso por ele ter tido a infeliz idéia de tentar utilizar as pernas para outra função que não a de andar).

E que venha o sábado, o domingo...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O sono roubado...


22h e ele já está pronto para dormir.
Após falar com sua amada - que ainda avalia se vale a pena investir parte da sua vida na companhia daquele cara, meio careca, meio em forma - ele se acomoda da melhor maneira na cama, pensa em ativar o sleep da TV, mas como passando o jogo da Seleção Brasileira de Futebol, ele desiste e aperta o off.
Após um dia agitado, de muitos compromissos profissionais, elaboração de propostas que podem fazer do seu futuro financeiro algo mais interessante e depois de algumas corridas no Parque da Redenção para tentar ficar totalmente em forma, pensava ele estar apto a ter o sono dos justos.
Mas que nada.
Como sempre, a sua vizinhança o surpreenderia.
Como se já não bastasse o músico que toca violão até a hora que acabam as palhetas, a vizinha que grita loucamente com seu pinscher, a outra que berra com seu filho de 2 anos (às vezes ele tem a impressão de que essa criança sofre alguma mutação que o faz agir como uma criança de 10 anos, tamanha as palavras de baixo calão que a mãe utiliza para xingá-lo), ainda havia algo novo, uma coisa que jamais ele havia percebido e que, assim como os outros, o incomodaria o suficiente para perder o sono.
Era "O Grito".
4h da manhã, ele rola na cama de um lado ao outro, inconscientemente em busca daquela que prometeu estar ao seu lado o resto da vida, mas não a encontra - ela ainda está pensando - e num movimento brusco, quase cai da cama, que o faz acordar e perceber que sua bexiga está completamente cheia e que o famoso "tesão urinário" se faz presente, o que o obriga - aos tropeços, buscar alívio no banheiro.
Um tanto sonolento, ele aguça seus ouvidos e abrindo os olhos lentamente, como quem sincroniza visão e audição ele consegue entender o que se passa:

- "ai amor....soca....soca...vai....vai...ãããhnnn....vai...soca forte, vai..."

Seguido de um grunhido de uma cama de metal que acompanhava os gritos, gemidos e movimentos que estão a fazer daquela mulher, num primeiro momento, uma pessoa feliz.
Porém, depois de alguns momentos em silêncio, apenas o barulho irritante da cama, ele começa a ouvir choros:

- ahããnnnnnn.....ãhããããnnnnn....

Confusão mental generalizada!
Gritos, gemidos, urros e...choro? Ele buscou na sua mente, nos seus arquivos mentais de filmes pornográficos, algum clássico asiático ou americano que contivesse tais elementos num mesmo instante, numa mesma cena e...nada. Apenas o vazio, tela colorida no melhor estilo "canal fora-do ar".
E a guerra sexual travada na casa da vizinha é reiniciada, mas o choro foi substituído pelos gritos e gemidos de prazer. E súplicas. Mas, ele que achava já ter ouvido o suficiente, volta pra cama, tenta acomodar-se no vazio de sua cama e mais que de repente ele ouve:

- Come a minha b..... amor!!! come....vai.....vai.....ãhãããããnnnn....humf....humf......ããããnnnn....soca....soca....

Depois disso, ele só pensava:
- Preciso atualizar meu banco de dados, preciso atualizar meu banco de dados...

E assim, como quem conta ovelhinhas, ele adormeceu sem ter certeza se aquela vizinha teve seu pedido atendido ou acabou mudando de idéia no caminho.
Mas os gritos cessaram.

E ele dormiu o sono dos justos...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Descobertas do Feriado.

Feriado prolongado, sem dinheiro, sem lenço e nem documento.
Pré-requisitos para se auto-suicidar-se a si mesmo.
Mas ao contrário do que a situação sugeria, insisti em permanecer vivo e fazendo descobertas do que esse mundo ainda têm pra oferecer. Nem sempre bom, nem sempre tão ruim.

- Salão de Beleza
Alguém já reparou que nos salões de beleza sempre tem um monte de revistas, certo? Agora quem já conseguiu achar uma Veja, Isto é, Carta Capital ou até mesmo uma Info, naquele monte de Caras, Ana Maria, Minha Novela e Contigo!?
Depois as mulheres não querem ouvir piadas sobre seu sexo...

- Beco das Garrafas
Sem nada pra fazer na noite de sexta e claro, sem dinheiro, saimos em busca de um boteco pra tomar UMA cerveja. Depois de muitas idas e vindas na Cristóvão Colombo, eis que ergo a cabeça e vejo a placa do Beco das Garrafas. Arriscamos. E acertamos! Lugar maneiro, aconchegante, com música ao vivo e bom som e cerveja a preço justo.
Nota: a única coisa chata que aconteceu foi o cessão do palco e instrumentos pros amigos do músico (pena que não sei o nome do cara, mas toca muito - menos que o Décio, lógico) que tocaram e cantaram até Shakira. Sim, Shakira. Fora isso, nota 10.

- Os Condenados - O filme
Filme de ação, muito bacana e que tem como pano de fundo um programa no melhor estilo "big brother", mas ao contrário da versão da TV, os personagens não tem nada de "santos": todos são condenados e estão no corredor da morte. Os selecionados são jogados numa ilha, cheia de câmeras e com transmissão pela internet, onde eles tem que matar uns aos outros e o último sobrevivente ganha o "jogo" e é libertado.
Pensei que poderíamos fazer uma versão Tupiniquim com nossos políticos, sendo jogados numa vila ou favela em qualquer cidade grande, com um salário mínimo no bolso e tendo que sobreviver por 30 dias. Sim, eles poderão matar uns aos outros e o que sobreviver fica com a grana do outro, pra subornar o chefe do tráfico e poder descer pro asfalto.
Candidatos com bons, ou melhor, maus currículos não faltarão.
Fica a dica.

- E chegou o natal...
Eu ainda não tinha me dado conta de que estamos na reta final de 2007 (graças a Deus!!), mas percebi isso ao observar que os shoppings já estão com suas clássicas decorações natalinas, as promoções das grandes lojas, com entrada "somente em fevereiro", já estão no ar.
Talvez eu não tenha notado tudo isso, simplesmente pela ausência da música da Simone: "....então bom natal e um ano novo também..."

É...tá na hora de montar a árvore de natal.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A saga do Sushi


Pra quem não me conhece (insisto na idéia de que além do Delco Freedom, do Raul e do Rodrigão, existam mais pessoas desocupadas interessadas nisso aqui), sabe que há pouco tempo fui introduzido (uiiii) no mundo da culinária japonesa. Maldita hora!
E com isso, as minhas trapalhadas ao comer os famosos sushis persistem, mesmo eu já domando (apesar de macho, muito macho mesmo) os "pauzinhos" japoneses, o Hashi.
Pois bem, vim trabalhar hoje todo bonito (aqui há uma redundância, pois em se tratando da minha pessoa, o "bonito" é dispensável, mas vale reforçar), com uma bela camisa clara que levei 30 minutos pra passar e, ao pegar o primeiro sushi, molhar no shoyu e mirar a boca...ploft!!!!
O infeliz, simplesmente ávido por molho shoyu mergulhou como aqueles atletas praticantes de saltos ornamentais: rodopiou no ar e se espatifou no líquido marrom.
Tava feita a merda....
Resultado disso tudo foi passar a tarde inteira desfilando na empresa parecendo que havia menstruado pelo peito.
Desisto!
- Garçom, talheres por favor!!

Filmes brasileiros: a obviedade social.


Procuro me isolar dessas correntes fanáticas que volta-e-meia surgem por aí, seja ela qual for.
Fiz isso até pouco tempo com relação ao filme "Tropa de Elite", mas acabei sucumbindo e fui ao cinema (coisa rara no caso desse filme) assistí-lo. E não me arrependi.
Isso não quer dizer que morri de amores por ele e que, na primeira oportunidade, vou comprar o DVD "original" (será que vai existir?) pra ter na prateleira contribuindo com o acúmulo de pó que lá está. Nada disso.
Como todo filme brasileiro ele é totalmente sem graça no que diz respeito a produção, dinâmica, versatilidade dos atores (exceção pro Wágner Moura), e principalmente a completa falta de tecnologia empregada no filme. Uma pobreza total, assim como as favelas brasileiras.
(preferi mil vezes o Cidade de Deus que , pelo menos houve uma inovação no cinema brasileiro, com aqueles jogos de câmeras, pedaços de histórias que vão sendo montadas de acordo com os acontecimentos)
Claro que ao comentar isso, os "entendidos" vieram justificar que aquilo era um retrato da realidade, que não existe tecnologia de ponta disponível pra subir morro, etc, etc, etc. Calma aí cara-pálida!
Primeiro: o filme é uma ficção, portanto, colocar um sapato que vira celular ou um chapéu que vira pára-quedas, não seria nada demais. FICÇÃO.
Segundo: alguém acredita que os caras, por mais culhudos que sejam, vão simplesmente se reunir num grupo de 5 homens e subir o morro e enfrentar traficantes armados até os dentes, com metralhadoras, lança-missíl e o diabo a quatro, sem ter a menor idéia de onde eles querem chegar e como vão chegar, acreditando apenas no conhecimento de algum integrante da equipe da área? Por favor...colocar um helicóptero, binóculos com visão noturna, descer o morro ao invés de subir, essas coisas fariam do filme com certeza um grande candidato a uma ficção policial como ele se propõe.
No geral eu dou uma nota 7, muito mais pela cena que o Mathias dá um pau no "maconheirozinho de merda" no meio da passeata contra a violência. Isso sim é uma reação digna e condizente com a hipocrisia e cinismo que a nossa sociedade está atolada.
Pra quem viu o filme fica a pergunta: alguém torceu pra algum personagem se dar bem ou conseguir fugir das torturas do Capitão Nascimento e cia.? Duvido.
Eu não. Nem na ficção, nem na vida real.
Não estou querendo dizer que o emprego da força e sair atirando no primeiro que tem cara de bandido vá resolver o problema (nesse caso, Brasília seria uma cidade fantasma), mas que temos que parar de dar ouvidos à essas ONG's de merda que defendem os direitos humanos mas que, na prática, apenas ajudam a dar sobrevida a marginais que nada tem a contribuir com a sociedade. Vivos não.
Talvez isso possa parecer extremamente radical, mas quando a violência bater à sua porta, quero ver se alguma ONG vai lembrar de você.
A menos que você esteja do lado negro da força.