Segunda-feira, início da semana de trabalho, variados afazeres - profissionais e domésticos - e uma tarefa especial e que remonta a década de 70/80:
postar alguns cartões postais em uma agência dos Correios.
Apesar do calor escaldante, o sol fez como há muito tempo as grande bandas do rock n´roll internacional fazem com Porto Alegre: sobrevôou a capital do RS
e rumou para o sudeste do Brasil. Mas isso não seria desculpa para deixar o frescor (ui!) do escritório e rumar para a agência dos Correios mais próxima.
Ao chegar lá, esbaforido e suando aos borbotões (sempre quis digitar isso), coloco-me em fila e aguardo para ser chamado pela atendente.
Eis que chega o momento.
- Próximo!
Sigo em direção ao guichê, "desembalo" os cartões postais, repouso-os sobre o balcão e sou indagado:
- Vais postar como cartão postal mesmo?
E pergunto:
- Há outra forma de se fazer?
E vêm a mais brilhante das respostas:
- Claro. É possível postar como carta normal. Mas daí é mais caro!
Por muito, muito pouco não encarnei o saudoso sr. Saraiva.
Juro!
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O renascimento indígena no Brasil
Meus colegas de trabalho
Voltei!
E pra comentar um assunto que há muito ecoa em minha mente: o renascimento indígena em Pindorama ou no Brasil, como queiram.
Há muito tempo venho percebendo que o "mim", aquele que não fazia nada e que por esse motivo teve sua naturalidade requisitada por Brasilia - DF, hoje em dia faz de tudo.
Calma....vou explicar.
Várias e várias pessoas com as quais tenho convivido, ultimamente ou não, fazem uso contínuo do "mim", aquele do tempo da descoberta do Brasil, para conjugar os mais variados verbos, seja o "fazer", como o "não fazer". E não pensem vocês que são pessoas ditas "mais humildes" (que até hoje não sei o que é). Pelo contrário, são pessoas com algum nível cultural e muitos deles, considerados altamente inteligentes e em cargos que requerem alto nível de conhecimento técnico, mas não de português, por supuesto.
Volta-e-meia ouço que o RS é o MELHOR estado do Brasil pra se viver, que por aqui não temos analfabetismo (e o que seria isso?? Desconhecimento ou ignorância?), melhor qualidade de vida, blá, blá, blá. blá., blá, blá....(fala com a minha mão).
Entendo que o português é uma língua extremamente difícil, de milhares de regras, sentidos, significados, diferenças fonéticas regionais e tudo o mais. Mas assim como todo mundo se preocupa a "fazer contas" (a matemática), deveriam dedicar tanto ou mais tempo para estudo da nossa língua mãe.
Dia desses fui tomado por uma avalanche de "mim" que tive que esfregar os olhos, focar em volta de mim e tentar verificar se não estávamos todos pelados, com o corpo pintado de urucum, arco e flecha na mão e aqueles dilatadores de lábios (aquele troço que deixa os índios "beiçudos") na boca, tentando caçar uma Jaguatirica:
Índio 1 (o "índio"):
- Chefe, o fulano pediu pra "mim" fazer essa planilha, mas eu não consegui ainda...
Índio 2 (o cacique):
- Eu não estou sabendo de nada. Tem que pedir para ele "vim" falar comigo.
Índio 1:
- Tudo bem, mas ele sempre pede pra "mim" fazer as coisas e eu sempre faço. Mas hoje tá complicado. A fulana disse pra "mim" priorizar aquele relatório e se fôr pra "mim" fazer ele, não vai dar tempo pra "mim" fazer o do fulano...
Índio 2:
- Faz o seguinte, me passa esse do fulano pra "mim" fazer, porque depois eu vou (não entendi porque ele também não usou o mim aqui) corrigir tudo. Mais fácil tu passares pra "mim" fazer e continuar fazendo o que tu estavas fazendo.
MEUDEUSDOCÉU!!!! SOCOOOOOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRRRRROOOOOO
E todo esse diálogo se passou ao meu lado, quase na minha mesa. E eu ali, de ouvinte, sendo torturado, vendo o assassinato da língua portuguesa e tendo que ficar assim, como quem é abordado pela polícia nos dias de hoje: imóvel e com medo de tomar um tiro, caso me atrevesse a corrigí-los.
É...fiquei pensando em como deve ser a reunião da tribo que esses índios fazem parte, com seus cachimbos da paz, fogueira acesa e muita dança-da-chuva.
Acho que vou voltar pra civilização...
terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
Aquela segunda-feira...
Confesso que nunca fui o ser mais disposto do planeta.
Também sei que, mesmo que fosse, talvez isso não alterasse o rumo que minha vida tomou, ou seja, não seria eu um multi-trilhardário pelo simples fato de ser mais ou menos disposto. Ponto.
Mas as segundas me deixam assim, sem vontade de fazer nada, de dormir até ficar com dor nas costas de ficar deitado por muito tempo, de levantar, tomar café e depois calçar tênis e sair pra caminhar. Sem rumo.
Dentre muitos defeitos que tenho, confesso que esse é o mais notável (por mim, lógico). E isso me incomoda seriamente. Me incomoda tanto que tento criar uma rotina dominical que propicie um adormecer mais cedo, com mais tranquilidade e tempo, pra poder reduzir a chatice que é acordar segunda-feira e ir trabalhar. Não é o trabalho o problema, e sim a segunda.
Certa vez, quando eu era adolescente, fui pra praia com uns amigos e ficamos numa "pousada" (aquilo mais parecia um criadouro de ratos, mas lia-se "Pousada" na placa que identificava a entrada) e estava tudo certo pra volta, no final do domingo. Porém, simplesmente decidi ficar e retornar no final da segunda, aproveitando mais um dia de sol, calor e praia. Não me arrependeria jamais de ter tomado essa decisão.
Justo na segunda, o mar estava azul, azul, azul...quase como os olhos daquela atriz italiana que me foge o nome agora. A areia parecia até estar mais branca, mais quente, tudo estava mais bonito. E o melhor: eu não tinha compromisso! Simplesmente, nada pra fazer a não ser ir à praia quando todos estavam trabalhando (todos que eu conhecia, lógico) e aproveitar aquele dia como se fosse o último. E eu não tinha celular.
Talvez o meu maior problema tenha sido ficar na praia naquela segunda-feira, pois todos os dias ao acordar, volta-e-meia relembro daquele dia, daquele sol e daquele mar. E fico pensando que todas as segundas-feiras em que venho trabalhar, a praia está exatamente como daquele vez: azul da cor do mar...
Também sei que, mesmo que fosse, talvez isso não alterasse o rumo que minha vida tomou, ou seja, não seria eu um multi-trilhardário pelo simples fato de ser mais ou menos disposto. Ponto.
Mas as segundas me deixam assim, sem vontade de fazer nada, de dormir até ficar com dor nas costas de ficar deitado por muito tempo, de levantar, tomar café e depois calçar tênis e sair pra caminhar. Sem rumo.
Dentre muitos defeitos que tenho, confesso que esse é o mais notável (por mim, lógico). E isso me incomoda seriamente. Me incomoda tanto que tento criar uma rotina dominical que propicie um adormecer mais cedo, com mais tranquilidade e tempo, pra poder reduzir a chatice que é acordar segunda-feira e ir trabalhar. Não é o trabalho o problema, e sim a segunda.
Certa vez, quando eu era adolescente, fui pra praia com uns amigos e ficamos numa "pousada" (aquilo mais parecia um criadouro de ratos, mas lia-se "Pousada" na placa que identificava a entrada) e estava tudo certo pra volta, no final do domingo. Porém, simplesmente decidi ficar e retornar no final da segunda, aproveitando mais um dia de sol, calor e praia. Não me arrependeria jamais de ter tomado essa decisão.
Justo na segunda, o mar estava azul, azul, azul...quase como os olhos daquela atriz italiana que me foge o nome agora. A areia parecia até estar mais branca, mais quente, tudo estava mais bonito. E o melhor: eu não tinha compromisso! Simplesmente, nada pra fazer a não ser ir à praia quando todos estavam trabalhando (todos que eu conhecia, lógico) e aproveitar aquele dia como se fosse o último. E eu não tinha celular.
Talvez o meu maior problema tenha sido ficar na praia naquela segunda-feira, pois todos os dias ao acordar, volta-e-meia relembro daquele dia, daquele sol e daquele mar. E fico pensando que todas as segundas-feiras em que venho trabalhar, a praia está exatamente como daquele vez: azul da cor do mar...
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