A importância das pessoas

Volta-e-meia me deparo com situações que, obrigatoriamente, tenho que me acostumar com a ausência de alguém que gosto muito, e em outras vezes abro mão da cia. de algumas pessoas, até então essenciais para mim, sem saber o que elas representam de verdade e que lugar ocupam no meu coração.

Estou em crise sentimental, essa é a grande verdade.

Um dos meus melhores amigos foi morar bem longe daqui, com as aranhas de Marte do Ziggy Stardust e isso tem me causado certo temor vez em quando. Medo de demorar em revê-lo (coisa que acontecia frequentemente), medo de perder a nossa intimidade (a amizade é algo que nunca morre, pode crêr), de perdermos a sintonia como um todo (cantar Starman de rosto colado era uma das demonstrações dessa sintonia).

E isso me dói.

Uma dor que não se consegue expressar, um sentimento difícil de dar nome, mas que maltrata o coração. Porém, a “perda” é justificada pela busca da felicidade e isso, como um bom amigo que sou, eu nunca poderei impedir. Nunca.

Por outro lado, os que aqui estão, encontram-se em fases bem diferentes: um prestes a voltar para a terra do canguru e o outro, casado que está, dedica-se a felicidade de sua amada (nada mais natural, até porque eu não trocaria mulher nenhuma do mundo por aquele Peruano horroroso...hahaha) e em construir a base de um amor eterno. Que eu também espero encontrar.

Contudo, estou muito motivado, pois a falta de algumas coisas rotineiras na minha vida, abre a oportunidade para viver novidades e as coisas comuns que deixou de fazer parte do meu cotidiano, mas que me dão muito prazer, como um café em casa no final da tarde, como um reencontro com velhos amigos, como uma dança num lugar pequenino ou até mesmo o ineditismo de se pegar um táxi com uma calcinha no chão, ou não poder pagar com cartão.

Nem isso me aflige, somente a solidão.

Amigos: amo vocês.