31 de dezembro de 2007.
Cidade: Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
População: 1.360.590 (Censo/2000).
População nesta data: 65.001 (5.ooo taxistas, motoristas de ônibus, médicos plantonistas, etc e os outros 60.000 foram os que "optaram" por não ir ao litoral, assim como eu);
Todo os amigos e inimigos rumaram para o nosso litoral, uma obra-prima da natureza, mas por "opção" (leia-se: reduzida ou quase inexistente disponibilidade financeira líquida) decidimos passar o ano novo em casa, ou melhor, em Porto Alegre. O que acabou me surpreendendo positivamente.
Final da manhã e início da tarde aquela correria para agilizar os ingredientes que fariam parte da nossa ceia de ano novo e que, pela primeira vez, seria na minha casa, pois normalmente estou na praia, ou passo com a minha única familiar residente por esses pagos, minha Tia.
Compras feitas, cervejas no congelador, a última "dorninha" (forma que o Bratz se refere a soneca vespertina) do ano e parti pro preparo do rango que mataria a fome de todos em 2007.
Como era de se esperar, tudo aconteceu como planejado: comida boa, pessoas que amo à mesa (exceto o Mestre Ôda), brindes como uma desculpa para encher a cara. Depois disso, rumamos para o Gasômetro que seria o local da festa oficial da cidade. Aqui um parêntese.
Sempre soube que nós gaúchos somos altamente preconceituosos, muitas vezes movido pelo sentimento bairrista que normalmente se faz presente quando há comparação do RS com qualquer outro lugar do mundo, e lógico que o RS é sempre o "melhor".
Mas algo me deixou bastante pensativo: o preconceito consigo mesmo.
Ao falar com amigos e cumprimentá-los ou ser cumprimentados, a conversa geralmente finalizava com: "onde tu vais passar a virada do ano?", no que eu respondia de pronto: no Gasômetro!
Impressionante a reação de TODOS, ou melhor, 100% das pessoas: torceram o nariz e reagiram com um certo desprezo pela nossa opção. Triste, mas ao mesmo tempo gratificante, pois fui um dos 60 mil presentes que viram a chegada de 2008 num lugar mágico, o Rio Guaíba (pena que não tem onda) e que ficou infinitamente mais bonito com os fogos de artifício a pipocar sobre o céu estrelado do 1o. dia do ano.
Fim de noite, muitas garrafas de champagne pelo chão, pilhas de latas de cerveja sendo disputadas a tapas por catadores e uma certeza: Porto Alegre é demais!
3 comentários:
Tá bom chinelo...
Quer dizer que tu optou em não ir para o Litoral então... Fala a verdade para a galera e assume que tu não tinha nem um tostão no bolso seu pobre hehehehehehehehe.
Ps. Eu também optei por não ir ao Litoral....
Abraço Hahn
Eu também... passei a virada num com amigos da Nanda. Num prédio muito afude.
Fica atrás da Centrocópias da farrapos. Deu pra ver alguns fogos dali.
Feliz 2008!
Abraz
Bah meu, o cara até pode estar sem grana, dificuldades aparecem na vida da gente. Mas quando isso acontece fica na tua e não escancara. Não pode perder a elegância JAMAIS. É fim de carreira dizer que passou o Ano Novo no Gazometro e ainda com o ODAIR. Não me faça uma coisa dessas!!!!!!!!!!!
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