quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Filmes brasileiros: a obviedade social.
Procuro me isolar dessas correntes fanáticas que volta-e-meia surgem por aí, seja ela qual for.
Fiz isso até pouco tempo com relação ao filme "Tropa de Elite", mas acabei sucumbindo e fui ao cinema (coisa rara no caso desse filme) assistí-lo. E não me arrependi.
Isso não quer dizer que morri de amores por ele e que, na primeira oportunidade, vou comprar o DVD "original" (será que vai existir?) pra ter na prateleira contribuindo com o acúmulo de pó que lá está. Nada disso.
Como todo filme brasileiro ele é totalmente sem graça no que diz respeito a produção, dinâmica, versatilidade dos atores (exceção pro Wágner Moura), e principalmente a completa falta de tecnologia empregada no filme. Uma pobreza total, assim como as favelas brasileiras.
(preferi mil vezes o Cidade de Deus que , pelo menos houve uma inovação no cinema brasileiro, com aqueles jogos de câmeras, pedaços de histórias que vão sendo montadas de acordo com os acontecimentos)
Claro que ao comentar isso, os "entendidos" vieram justificar que aquilo era um retrato da realidade, que não existe tecnologia de ponta disponível pra subir morro, etc, etc, etc. Calma aí cara-pálida!
Primeiro: o filme é uma ficção, portanto, colocar um sapato que vira celular ou um chapéu que vira pára-quedas, não seria nada demais. FICÇÃO.
Segundo: alguém acredita que os caras, por mais culhudos que sejam, vão simplesmente se reunir num grupo de 5 homens e subir o morro e enfrentar traficantes armados até os dentes, com metralhadoras, lança-missíl e o diabo a quatro, sem ter a menor idéia de onde eles querem chegar e como vão chegar, acreditando apenas no conhecimento de algum integrante da equipe da área? Por favor...colocar um helicóptero, binóculos com visão noturna, descer o morro ao invés de subir, essas coisas fariam do filme com certeza um grande candidato a uma ficção policial como ele se propõe.
No geral eu dou uma nota 7, muito mais pela cena que o Mathias dá um pau no "maconheirozinho de merda" no meio da passeata contra a violência. Isso sim é uma reação digna e condizente com a hipocrisia e cinismo que a nossa sociedade está atolada.
Pra quem viu o filme fica a pergunta: alguém torceu pra algum personagem se dar bem ou conseguir fugir das torturas do Capitão Nascimento e cia.? Duvido.
Eu não. Nem na ficção, nem na vida real.
Não estou querendo dizer que o emprego da força e sair atirando no primeiro que tem cara de bandido vá resolver o problema (nesse caso, Brasília seria uma cidade fantasma), mas que temos que parar de dar ouvidos à essas ONG's de merda que defendem os direitos humanos mas que, na prática, apenas ajudam a dar sobrevida a marginais que nada tem a contribuir com a sociedade. Vivos não.
Talvez isso possa parecer extremamente radical, mas quando a violência bater à sua porta, quero ver se alguma ONG vai lembrar de você.
A menos que você esteja do lado negro da força.
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Um comentário:
Rodrigão, o irônico...
Ui, ui, ui, ui... a bicha ficou brabinha com a "sociedade"!!!
Solta a saia, solta a saia, Baiana!
Uhmm, a bicha tá nervosa!!!
Tá brabinho 02???
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